serpente verde: 2009

O conto da Serpente Verde, de Goethe

Seria o conto da Serpente Verde um puro jogo da fantasia? Uma parábola alquímica sobre o processo de iniciação hermética? Ou simples alegoria política e histórica de que Goethe serviu-se para registrar sua posição diante da Revolução Francesa e os seus efeitos?

Texto de Bira Câmara

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Goethe e as Afinidades Astrológicas

Goethe (1749-1832), além de escritor genial também se dedicou a estudos alquímicos e se interessou pela astrologia. Pesquisou o momento exato do seu nascimento e levantou horóscopos com o propósito de compará-los com o seu. Assim, registrou a coincidência entre sua casa solar (o signo de Virgem) e a casa lunar de Christiane Vulpius, a mais importante de suas amantes...

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Goethe-Wirth

Trecho do prefácio de Albert Lantoine para a 1ª edição da tradução francesa do Conto da Serpente Verde

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Paracelso, alquimista, astrólogo e profeta

Paracelso, Barão Teofrasto Bombast von Hohenheim, nasceu em 1493 em Einsiedeln, perto de Zurique, e morreu em 1541 em Salzburg. Médico, aventureiro, mago e alquimista, dominou quase todo o conhecimento da época em que viveu.

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A magia astral de Marsilo Ficino

Marsilo Ficino (1433-1499), médico e sacerdote nascido em Florença, foi o primeiro tradutor europeu de Platão, tarefa que executou a pedido de Cosimo de Medici (1389-1464).

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A síntese hermética de Pico

Pico de la Mirandola (1463-1494), sábio italiano contemporâneo de Ficino, foi influenciado por suas idéias e acabou propondo uma síntese entre a magia naturalis e a cabala. Estudioso do hebraico, quando ainda tinha vinte e quatro anos de idade empreendeu a síntese total de todos os conhecimentos de sua época.

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Raymond Lulle

Escritor, astrólogo e alquimista nascido na Catalunha, Raymond Lulle (1232-1315), cognominado “O Iluminado”, escreveu um dos textos mais curiosos do período escolástico, “Ars Magna” (Arte Magna). É uma das figuras mais românticas do ocultismo do século XIII, cuja fama desafia o tempo.

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Hermes Trismegisto, mito ou figura histórica?

O lendário sacerdote egípcio Hermes Trismegisto, fundador da doutrina hermética, teria vivido por volta do ano 30 A.C., ao contrário do que se acreditava na Idade Média e Renascença, que lhe atribuiam a mais remota antigüidade.

Texto de Bira Câmara

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A Raça Futura, de Bulwer-Lytton

Brochura, 165 págs., 14 X 20 cm. Tradução brasileira de Júlia Câmara. "A Raça Futura que nos suplantará", romance de Bulwer-Lytton, o autor de Zanoni. Publicado pela primeira vez em 1871, a obra aborda assuntos que se tornariam correntes na ficção-científica. Texto antecipador, abrange temas que vão do feminismo a reformas sociais e a invenções tecnológicas revolucionárias. Pode-se estabelecer um elo entre esta novela e a “Utopia”, de Thomas More e com obras de Júlio Verne e H.G. Wells. O mito da Atlântida, a existência de prodigiosas forças eletromagnéticas, as potencialidades da ciência e da tecnologia, a adoção de modelos sociais avançados – tudo isso permeia a história dessa “raça futura” que, um dia, surgindo das profundezas da terra, dominará o mundo.

O conto da Serpente Verde é uma fábula mística permeada de rico simbolismo esotérico e maçônico. Trata-se de uma alegoria sobre a transformação do mundo e das coisas pela manifestação alquímica do ouro, transformação que passa primeiro pela morte iniciática, a transmutação da alma, após o que floresce a força viva do amor e de seu poder. Nesta pequena mas preciosa peça literária, Goethe destila o ensinamento de diversas escolas místícas e iniciáticas. De forma velada, conceitos alquímicos percorrem a história, junto com a doutrina maçônica. Mas todas essas noções são expostas com a sutileza e a profundidade de espírito características de Goethe.

O MAGO E OUTROS CONTOS de Bulwer-Lytton

Brochura, 158 páginas, formato 11 X 20 cm. Ilustrada, tradução de Bira Câmara. Ilustrações de Odilon Redon, Friedrich John, R. H. Van Gulik e Bira Câmara. Este volume reúne quatro narrativas curtas de Bulwer-Lytton, de épocas diferentes e temáticas variadas. Dois destes contos são engajados na vertente gótico-fantástica que celebrizou este autor: O Mago – inédito no Brasil até esta edição – pode ser considerado uma parábola ao estilo de Pöe, com toques faustianos, e A Casa e o Cérebro, uma das melhores histórias de assombração de todos os tempos. O Conto de Kosem Kesamim, o Mago, aborda o tema da imortalidade, entre outras questões metafísicas e filosóficas. Este conto é o embrião de Zanoni, que veio à lume em 1842.

Histórias da Astrologia

Um livro que não tem a pretensão de ser uma obra de História no sentido acadêmico, mas uma coletânea de anedotas, curiosidades e lendas relacionadas à astrologia e a astrólogos célebres do passado. Como também não é um trabalho destinado somente a especialistas da área, pode ser proveitoso tanto para estudantes de astrologia como para leigos no assunto. As anedotas e histórias não estão ordenadas de modo cronológico e, assim, podem ser lidas despretensiosamente como se lê um almanaque ou revista. A veracidade dos relatos é secundária, bem como a discussão da validade do estudo da astrologia, pois o autor – seguindo a máxima de John Ford – está mais interessado na ficção do que na realidade, sem deixar de registrá-los da forma mais imparcial possível. Mesmo o estudante de astrologia poderá se surpreender diante da quantidade de personagens célebres da história universal que se dedicaram a “ciência das estrelas” e, por conta disso,nos deixaram deliciosas anedotas. Reis, césares, papas, generais,cientistas, filósofos, artistas, literatos e intelectuais de todos os naipes engrossam a galeria de celebridades que não só acreditavam em predições, mas também perscrutaram os céus na tentativa de desvendar o que o destino lhes reservava. Histórias da Astrologia é o resultado de mais de uma década de pesquisas que ainda estão longe de terminar, pois o assunto é inesgotável...

Salada Mística, Bira Câmara

Tiragem limitada, 164 páginas, Edição do Autor (2001, reedição do livro A Farsa da Nova Era, publicada em 1998). Impressão digital. Indicada para astrólogos, estudantes de Astrologia e adeptos da New Age. O que determina o fim de uma Era e o início de outra? É o que esta obra se propõe a explicar para os leigos, do ponto de vista astrológico. Astrólogos bem informados e a maioria dos especialistas no assunto sabem que a Era do Aquário começará na realidade em alguma data entre 2.400 e 3.000 D.C. No entanto, místicos e esotéricos teimam em afirmar que já entramos nela. Parte desta confusão é causada pela desinformação quanto aos fundamentos astronômicos do conhecimento astrológico e a má fé de muitos místicos e gurus interessados em proclamar a derrocada da razão e do bom senso, glorificando a ignorância e a superstição. Baseados erroneamente em Nostradamus e profecias bíblicas, confundem o início do século 21 com o fim da Era de Peixes e a entrada de Aquário. Nem uma coisa nem outra... Atrelado ao movimento New Age há um verdadeiro festival de besteiras que inclui fadas, duendes, anjos, ETs, mestres ascensionados, etc. Tudo isso é muito antigo e nada tem a ver com a decantada Era do Aquário.